Data Center local: o que fazer em caso de desastres naturais?

Autor: Telium Networks
Publicação: 14/09/2018 às 02:47

Vivemos atualmente na era da informação. Dados são produzidos a todo instante e em velocidade cada vez mais alta. As empresas precisam mantê-los seguros o tempo todo para garantir sua competitividade. Como o mundo está sempre sujeito à imprevisibilidade, isso deve ser considerado na hora de criar um Data Center local.

Recentemente, alguns desastres naturais tiveram destaque em todo o mundo por seu potencial de destruição. Um deles foi o furacão Irma, no sul dos Estados Unidos da América (EUA); embora detectado com antecedência, deixou um rastro de destruição por onde passou.

Outro, mais dramático, foi o terremoto no México. Ele chegou sem aviso e derrubou prédios, arrasou cidades e trouxe bastante prejuízo — material e pessoal. Dá para imaginar que empresas que não tinham um plano de contingência para seu Data Center local sofreram perdas nessas duas ocorrências.

Por esse motivo, é essencial que a organização considere a vulnerabilidade da estrutura física de um Data Center local quando desenvolve sua estratégia. Conheça, a seguir, as melhores formas de manter seu Data Center preparado para desastres naturais.

Como são feitos os Data Centers?

Os Data Centers são projetados para armazenar e comportar vários equipamentos (servidores, roteadores, switches, computadores e todos os dispositivos que ajudam a manter os sistemas ativos) para, assim, armazenar e processar dados em grande volume e ininterruptamente.

Esses centros de dados são essenciais para que as empresas armazenem e compartilhem informações relevantes para o negócio. Muitas companhias já estão transferindo suas operações para a computação em nuvem, mas há as que ainda preferem manter seus sistemas em um Data Center local.

Nesse caso, o ideal é construir um (ou mais) Data Center secundário em outra localidade — para que não esteja sujeito às mesmas possibilidades de incidentes naturais. Como essa opção acaba saindo muito cara, tem sido cada vez mais comum que as companhias transfiram suas operações para a nuvem.

Ao projetar o Data Center local primário, é preciso garantir que ele seja o mais resistente possível para que possa se recuperar rapidamente de boa parte das falhas, sem precisar recorrer ao Data Center secundário. Ele deve ter proteção contra diferentes tipos de riscos, como:

  • incêndios;

  • quedas de energia;

  • aquecimento de componentes;

  • roubos ou furtos;

  • desastres naturais.

Estrutura física

Apesar desse cuidado, a estrutura física do Data Center é, em geral, vulnerável. Algumas ameaças, porém, podem ser reduzidas ou até eliminadas, se forem tomadas medidas preventivas específicas — muitas delas relacionadas à estrutura física da edificação.

É preciso estar atento, portanto, a requisitos técnicos, como os materiais que serão usados na construção, à qualidade da iluminação, à refrigeração e outros. Esses cuidados ajudam a garantir a robustez do imóvel em que o Data Center local será instalado. Confira:

  • alvenaria: o material usado na construção deve ser impermeável, não inflamável e resistente;

  • paredes: devem ser de alvenaria ou concreto e construídas com tecnologia que garanta que vão resistir a desastres naturais (como tornados e terremotos) e impactos;

  • estrutura: deve suportar, pelo menos, uma hora de fogo a 1260ºC;

  • piso: deve ser elevado (especialmente no Brasil, um país tropical, em que o risco de inundações é real);

  • forro: deve permitir a passagem de cabos (energia, dados e comunicação), bem como a instalação de câmeras, luminárias, sensores e sistema de refrigeração;

  • iluminação: deve contribuir com a produtividade e a segurança do local (usando, preferencialmente, luminárias led de pelo menos 500 lux) sendo posicionadas de forma a evitar pontos escuros, ofuscamento de visão e reflexo nos monitores;

  • janelas: o local não deve ter qualquer tipo de abertura;

  • portas: é essencial que haja uma porta especial corta-fogo;

  • limpeza: materiais de PVC, carpetes e cortinas devem ser evitados para reduzir o acúmulo de poeira;

  • edifício: não deve ser identificado, para que apenas profissionais autorizados o reconheçam e seu nível de segurança contra roubos seja garantido.

Outros cuidados

Dispositivos tecnológicos são, em geral, sensíveis à temperatura e umidade. Por isso, o ambiente do Data Center deve ser monitorado constantemente para que esses fatores se mantenham em níveis adequados — de forma a garantir o perfeito funcionamento dos equipamentos.

Para evitar oscilações de temperatura, é importante ter um corredor frio e um quente. Os racks devem ser organizados em fileiras, de frente uns para os outros, para que o ar frio seja direcionado para a frente deles usando aberturas no piso. Já na parte de trás, que tem o ar quente expelido pelas ventoinhas, o calor é coletado e direcionado para o ar-condicionado, onde é resfriado.

É importante que o sistema de energia garanta fornecimento constante de eletricidade, pois quedas e oscilações podem causar danos e perdas irreparáveis. É essencial, portanto, que o dimensionamento do sistema seja adequado para a sua necessidade (com geradores e demais técnicas de prevenção).

Como se recuperar de desastres?

Quando se tem um Data Center local, é essencial pensar em recuperação de desastres. Conforme mencionado anteriormente, os incidentes são, em geral, inesperados. É fundamental, portanto, estar preparado para enfrentá-los — caso ocorram.

Se uma falha qualquer acontecer, a companhia vai precisar ter um plano de recuperação para voltar à ativa o mais rápido possível. Independentemente de ser um grande desastre, como os naturais, ou uma pequena falha de software, é necessário saber o que fazer para retomar a atividade normal rapidamente.

A ideia é que o plano ajude a manter o funcionamento dos processos críticos da empresa garantido e resguardado. Isso ajuda a minimizar o pesadelo que esse cenário impõe ao departamento de Tecnologia da Informação (TI).

O processo de recuperação tem o objetivo de tornar a interrupção das operações o menos danosa possível enquanto garante algum nível de estabilidade organizacional. A restauração, além de ágil, deve assegurar que a perda de dados seja mínima (ou nenhuma).

As tecnologias de virtualização têm sido bastante usadas nesses processos. Afinal, permitem manter uma cópia virtual dos itens mais sensíveis para que, em caso de necessidade, o sistema principal seja substituído de forma a reduzir o tempo de inatividade e os demais danos.

Em outras palavras, o planejamento de recuperação busca assegurar que a organização continue operando normalmente em caso de falha (de qualquer magnitude).

E sua empresa, sabe o que fazer com o Data Center local em caso de desastres naturais? Venha, então, aprender qual a melhor forma de migrar sua TI para a nuvem.